terça-feira, 24 de abril de 2007

FILOSOFANDO

Quando eu era criança, tinha aquele sonho de menina que casaria com minha cara-metade e teria um casal de filhos, primeiro um menino e depois uma menina. Até os nomes eu escolhia (bem que isso mudava de tempo em tempos, rs). Bem, como todo mundo sabe, hoje sou mãe de dois meninos. Pra chegar aqui, passei por muita coisa, perdi gêmeas na gravidez, quase perdi também a esperança de ter meus filhos. Mas o mundo dá voltas, a gente passa por frustrações, desilusões, amadurece, aprende. E vê que a vida é assim mesmo e nem por isso deixa de valer a pena. Falo isso cheia de tanto orgulho dos meus pimpolhos.

O que eu quero dizer falando sobre isso é que quando engravidei pela segunda vez, antes de saber que teria o Pedro, havia uma expectativa das pessoas sobre o sexo do bebê. Muita gente falava “Tomara que venha uma menina!”; “Que bom se tiver um casal!” ou “Imagina uma menina loirinha de olhos azuis como o Biel!”. Lógico que me imaginei algumas vezes comprando fivelinhas de cabelo, roupinhas cor-de-rosa. Mas nunca perdi meu sono por isso. Quando soube que teria um menino, aí passei a ouvir: “Outro menino? Ah, que bom...”. Não me frustrei em momento algum e também não me incomodei com esses comentários. Mas hoje me peguei pensando nisso: O sexo dos filhos. Nós não temos o poder de decidir. Existem algumas maneiras de tentar driblar a casualidade da natureza – clique aqui para saber como – e tentar aumentar as chances de ter um menino ou uma menina. Mas nada com garantias. Nesse meu momento de filósofa, cheguei a uma conclusão: A de que o sexo do bebê de um casal só importa durante a gravidez. Explico melhor. Ao saber a notícia pelo médico que faz o US o casal fica eufórico ou frustrado. Independente das emoções, o tempo passa, o bebê chega e de repente aquele serzinho careca e banguela passa a preencher um lugar na família que parece que sempre foi dele e só dele. Ele cria uma identidade tão forte que nenhuma mãe consegue mais se imaginar sem aquele filhote, mesmo que ela tenha outros 4 do mesmo sexo. Exemplificando, mesmo que eu tenha desejado ter uma menina, não dá mais pra me ver de outra forma, se não como a mãe desses dois cuequinhas. Se eu tivesse que ter um terceiro, um quarto filho, tenho a convicção que teria os meus sonhos cor-de-rosa, mas ainda assim estaria felissícima se continuasse comprando roupas no lado azul das lojas. Pros desinformados, os números 3 e 4 não estão no script. Um parzinho de crias está ótimo e quando o Pedro chegou fiz laqueadura. Pra completar, quero ainda registrar que sou uma mãe muito realizada, em todos os sentidos. Digo isso porque ouvi tempos desses que uma mulher só se realiza como mãe se tiver uma filha mulher (?????). Tremenda bobagem, ainda mais que a pessoa que falou isso teve 2 meninos e uma menina. Não entendo mesmo.

Pra completar essa conversa, queria fazer mais uma colocação. Já repararam que as pessoas dizem assim: “Não importa o sexo, desde que tenha saúde.” Peraí! Quer dizer então que se alguém está grávida de uma criança com algum problema de saúde, nesse caso o sexo importa? Tá, tudo bem, não é assim que o povo pensa. Mas também dá pra ter um pouco mais de cuidado com as palavras, né?

É isso! Até mais....

10 comentários:

Anônimo disse...

Amiga concordo com você plenamente, pois a partir do momento que Deus nos concede a graça de ser mãe, já é uma grandre coisa boa, e o mais importante é ter nossos filhos queridos, amados e felizes em casa, nos dando carinho e alegria sem cobranças e um amor verdadeiro e para ter isso tudo de um filho não precisa ser menina ou menino, tanto faz, o amor vai ser o mesmo sempre!
Beijinhos

Nossa Filha Gabriela! disse...

Oi amiga!

Achei lindo tudo o que vc escreveu e até me emocionei, pois me vi daqui uns dias com a minha "serzinha careca e banguela" fazendo a nossa felicidade... acho que estou mais sensível por esses dias.... concordo em número, gênero e grau com tudo o que vc falou, e quando a gente está grávida deveria ter um "filtro" para não escutar tantas bobagens, não é mesmo???

Te adoro muito, você é uma pessoa iluminada!!!!

Beijos para vc e para seus dois cuequinhas lindos!!!

Tati e Gabi

Anônimo disse...

Amiga, vc disse tudo! Realmente o que menos importa é o sexo. Quando descobri que teria o Eric, confesso que fiquei um pouco triste pq tinha má impressão dos pobres meninos, achava que ser mãe de menino nao era pra mim e hoje não me vejo sem meu cuequinha também, rs! E não posso reclamar pq Deus me deu um casal, então agora o povo diz: ah, um casal, já tá bom né, rs?
bjs pra vc e para os cuequinhas!!!

Edna Federico disse...

Helena,

Vc já reparou que qdo fazem alguma propaganda de família feliz na TV, é sempre com um casal de filhos?
Outro dia me peguei a observar isso e achei um absurdo...quer dizer que o casal que tem 2 filhos do mesmo sexo, não possui uma família feliz???? Eu, hein...
Sou mãe de um menino e falo com toda sinceridade, se engravidar novamente e vier outro menino, vou ficar imensamente feliz!
Beijos...

Anônimo disse...

Oi Helena... passei aqui para conhecer seu blog. Muito lindos os seus cuequinhas!!! E vc tem toda razão sobre a questão do sexo... mas ainda tem muita mãe (infelizmente) que não aprendeu a valorizar a maternidade e se prende a estes pensamentos medíocres.
Bem... azar o delas, que acabam perdendo a oportunidade de serem mais felizes!!!

Beijo, Rose

Ana Laura disse...

Helena, muito obrigada por sua visitinha no blog dos meus filhos (Davi e Bruno), se quiser pode nos linkar, viu? E se vc permitir vou linkar vcs também, porque simplesmente como mãe de dois meninos, eu concordo com tudo o que vc falou...tudo mesmo. Sou totalmente realizada sendo mãe de dois meninos, não imagino meu mundo diferente do que este que Deus me proporcionou e acho uma tremenda irresponsabilidade algumas mulheres ficarem tentando o 4º, o 5º,o 6º filho até sair um que seja de sexo diferente. Claro, se tem condições financeiras e emocionais para ficar tentando tudo bem, não é da minha conta, mas pelo o que vejo, muitas vezes a pessoa enche a casa de filhos sem ter a menor condição. Assim como vc, estou feliz com meus dois "hominhos", eles são minha razão e alegria de viver. Beijos!

Andressa disse...

Helena, nunca tinha pensado nisso desta maneira, e acho que vc tem TODA a razão. Realmente quando eles chegam ocupam um espaço que não existia, mas que parece que sempre esteve lá. É muito lindo, na verdade!
E seus dois cuecas estão lindos! Hoje vou tentar colocar a leitura dos emails em dia (são "só" 300) ai ai ai

Anônimo disse...

Olá!! Passamos para conhecer o cantinho de vcs e adoramos! Os meninos são lindos, fofos d+!!
Adorei o post "filosofando" e concordo plenamente com o q vc falou...
Passe lá no nosso cantinho para nos conhecer vcs tbém?!?
Bjs; Li e Bel.

Unknown disse...

Nossa! Há muito tempo eu não visitava um blog... Prova disso é o meu que está abandonado há mais de um ano. E procurando o meu no google, achei o seu. Tenho tbm dois meninos e lembro-me exatamente como era frequente esse assunto, principalmente logo que eu soube que esperava o segundo menino. Sou imensamente feliz com meus dois moleques tbm, logico que meninas devem ter seus encantos, mas não me imagino mais cuidando de uma. Já escutei absurdos, inclusive de familiares a respeito da " minha deficiência familiar" (sim, já ouvi isso tbm!). E quer saber? Coitadas das mulheres que só se sentem realizadas depois que têm uma filha mulher. Eu hein!?!?! Conheço mulheres realizadíssimas e felizes até sem filho nenhum. Saúde e felicidade pra vc e seus molequinhos lindos! Beijos, Renata (mãe do João Vitor, 07 anos e do Guilherme, 03 anos).

Nossa Filha Gabriela! disse...

Oi Helena amiga!

Obrigada viu?? Pode deixar que não vou deixar a "peteca" cair... rsrsr

Um super beijo para vc e seus meninos lindos!!

Tati e Gabi