sexta-feira, 29 de junho de 2007

SOU ZUMBI, MAS SOU FELIZ

Antes de por meus filhos no mundo eu achava meio sem propósito aquela queixa de muitas mães que diziam não ter mais tempo pra dormir. Oras, eu não entendia essa reclamação, afinal bebês não dormem muitas e muitas horas por dia? Trabalho seria se eles ficassem despertos! Bem, isso foi antes, claro, lógico. Dá até vontade de rir da minha tamanha ingenuidade... Enfim, voltando ao assunto. Eu nunca sofri de insônia. Pelo menos não por ter algum problema físico ou emocional. A não ser que se chame filho de problema. Porque são esses baixinhos egoistinhas que abreviam o meu sono. Gente, isso não foi um xingamento, ok? Criança é inocente de tudo e não dá pra querer que esses seres isentos de malícia sejam altruístas sem antes terem um punhado de anos de vida. O termo egoísta foi só pra descrever uma característica que eles precisam ter pra sobreviver. Voltando mais uma vez ao assunto. O que eu quero dizer é que dormir, pra mim, e acredito que pra pelo menos meio mundo, é um grande prazer. Na minha listinha de delícias eu sempre coloco: Dormir, comer e otra cosita más. A ordem dos fatores varia com horário, clima e humor. Claro que a vida não se resume a uma lista básica de 3 itens como essa. É incrivelmente mais amplo. Foi uma simplificação grosseira. Viver é cortar a unha do pé, lavar a louça, colar a orelha na parede pra ouvir briga de vizinho, dirigir, passar fio dental, comprar um pirulito pro João e assim vai... Eita que fugi do assunto sono de novo, rs. Ou a falta dele. Não só uma gostosura, também uma necessidade. Sinto falta de ter uns minutinhos de preguiça na cama antes de levantar. De poder deitar bem tarde sem saber que os dois galinhos lá de casa vão cantar bem cedo. Ser mãe é assim. É querer um braço biônico. É querer dormir pouco e ter muita disposição. Ser uma "zumbi-carregadeira" muitas vezes é cansativo. Mas se esse é o preço, vixi! Pago com gosto! E pago feliz! Porque não tem tesouro maior que aqueles dois danadinhos lá de casa.

Um ótimo final de semana!

Beijo.

terça-feira, 26 de junho de 2007

IRRITADA E MAL HUMORADA

Que início de semana dureza.

Os motivos:

Meu prédio está em reforma. As pastilhas começaram a soltar e cair a algum tempo. Agora estão arrancando tudo, tudinho. Vão re-pastilhar. Alguém tem noção da sujeirada que isso faz? Parece que esvaziam um balde de pó por dia na sala do meu apartamento e depois ligam o ventilador! Fala sério! Ao entrar em casa a boca seca. Faz dias que não abro as venezianas dos quartos. Tem pó em tudo! Tudo mesmo!! Ontem fui pegar uma maçã na fruteira e estava com pó. Fui ler uma revista, idem. Todos os cantinhos de todos os eletrodomésticos. Pó, pó e pó! Socooooooorro! Acha pouco? Segunda-feira passada quebraram o vidro da porta da sacada. Depois de 5 longos dias e de um ataque de fúria do Fabiano que ameaçou o engenheiro da obra, o vidro foi trocado! Quer mais? Os FDP arrancaram todas as telas de proteção das janelas! E não querem colocar de novo! Puta merda que não tenho mais paz em casa! Vejam a minha situação: Pó por todos os lugares, sem luz, sem ventilação, sem proteção e com dois moleques em casa (um na versão mini e outro na versão super) com tosse, é claro, óbvio, com tanto pó não podia ser diferente. Tô enjoada disso. A chatice deste post se mede pelo número de pontos de exclamação.

Pra não dizer que tudo tá ruim, a festa junina da escola do João foi muito bacana. Tava lindo, lindo! Aliás... Deixa eu contar um segredinho... lindo mesmo é o professor de música do João... ai, ai... Homem que canta e toca eu acho demais, um charme... Apaixonei... Agora tô me sentindo ridícula, rs.


Vigilantes do Peso: Vamos ao que interessa. Esta última semana perdi 0,8 kg. No total, em 4 semanas, deu 4,8 kg. Imagino que não esteja mal pra quase um mês. Tá certo que minha idéia é eliminar pelo menos 1 kg por semana. Mas (sempre tem um mas...) a festa junina, almoço na casa da mãe, sobremesas e Mc Donalds deram uma baixada no objetivo essa semana. Não há de ser nada. Estou firme na minha decisão e super focada nos objetivos.

Beijo grande!

terça-feira, 19 de junho de 2007

QUERO UM BRAÇO BIÔNICO

"Ser assim é uma delícia
Desse jeito como eu sou
De outro jeito dá preguiça
Sou assim pronto e acabou"

Antes de ser mãe eu comia refeições quentes, conversava tranquilamente no telefone, dormia quanto queria, não tropeçava em brinquedos, não me preocupava com prisão de ventre, nem tinha termômetro em casa.

Toda mãe tá careca de conhecer aquele poeminha "Antes de Ser Mãe", não é? No início deste post fiz um "popourri" destes versinhos. A não ser a parte do termômetro e prisão de ventre que ficou por minha conta. Ser mãe engloba uma infinidade de sensações, prazeres e desprazeres, medos e inseguranças, ansiedade e alegrias desmedidas. Às vezes bate na mulherada uma necessidade incontrolável de botar em palavras essa imensidão de sentimentos. Eu mesmo já tive meus ataques, mas admito que não tenho muito jeito pra coisa. No cabeçalho desta página tem um versinho que é simples, é básico, pequeno, mas me transmite uma coisa boa, real e que por isso está decorando este canto. Não sei se alguém lê. Mas está lá pra isso.

"A comida de costume

Como bem e não regulo
Mas tem sempre alguns legumes
Que eu não sei como eu engulo
Brincadeira, choradeira,
Pra quem vive uma vida
Mentirinha, falsidade,
Pra quem vive só pela metade"

Uma amiga - Rita - uma vez disse que nós somos feitas de pedacinhos (será que ela quis dizer, com educação, que eu estou um caco? rs). Somos donas de casa, mulheres, irmãs, filhas, profissionais, amigas, pacientes, esposas... E assim por diante. Estou longe de ser uma mãe perfeita (pelo contrário! filhos, perdoem a mamãe que de vez em quando escorrega...), mas se eu fosse descrever os meus pedacinhos como disse a Rita eu colocaria assim: dona-de-casa-mãe, mulher-mãe, irmã-mãe, filha-mãe, profissional-meia-boca-mãe, amiga-mãe, paciente-mãe e esposa-mãe.

Acho que deu pra entender. Ou não? Bom, seguindo...

Sabe empresas pequenas em que o diretor passa café e manda fax? Pois acho que eu sou uma micro-empresa. Acumulo um mundo de funções. Essa empresa tem dois funcionários cuja função é fazer sabotagem. Eles sugam todos os recursos da empresa, exploram a chefia, fazem chantagem emocional. Têm estabilidade no emprego, recebem alimentação, transporte e saúde. Ainda assim a patroa (euzinha) tá feliz da vida com o desempenho do pessoal do Mamãe Ltda.

Deixando as piadinhas-sem-graça de lado o que eu quero dizer desde o início deste post é que eu AMO ser mãe. Mas odeio uma função que acompanha a maternidade: a de CARREGADEIRA. Faz 3 anos e meio (sem contar o tempo de barriga) que ando com moleque "dipindurado" e bolsas com incontáveis apetrechos (des)necessários. Sou praticamente uma mãe com filho & cia "on board". Isso nem pegava tanto quando era só João Gabriel. Um moleque só, do tipo miúdo, peso pena. Agora, depois que Pedro Joaquim (mini-rei-mômo) se juntou a nós o bicho tem pegado. Vivo eternamente com o braço esquerdo meio que dormente, com uma sensação de cansaço e uma dorzinha fina que começa na asa e vai até o punho. Um piá de 11 kg sentadão alegremente no meu braço faz isso. E na hora de sair de casa? São duas bolsas. Uma pra cada filho. Cada uma pesa o equivalente ao dono. Mais a minha bolsa. Essa é levinha, mas ocupa o seu espaço na mãe-cabide. Inclua aí também uma japona pra cada guri que, é claro, não cabe na mochila. Max Steel e SuperHomem obviamente não são filhos, mas pegam carona em algum canto vago. Não podem faltar também algumas sacolinhas de supermercado (ai que finésse) com itens variados. Nos bolsos enfio o que dá. Hoje foram meias do Pedro que param em tudo quanto é lugar menos no pé. Depois de tudo devidamente pendurado acontece de eu não achar a chave do carro, que, só podia estar de baixo da mesa. Cruzes!!! No corredor preciso implorar ao João que chame o elevador. Pelo menos agora ele deixou de gritar: "Elevadooooooooor!!!!". Muitas vezes é um gigantesco teste de paciência, ginática olímpica e exercício de equilíbrio. Na garagem ando que nem pingüim-grávido, empinada pra trás pro Pedro e apetrechos não caírem enquanto tento dar a mão ao João-Gabriel-saltitante-apostando-corrida. Filhos devidamente amarrados nas cadeirinhas sento na direção do carro e juro que tem dias que dá vontade de chorar. Descarrego as crias nas escolas e venho pro escritório fingir que trabalho. Um baita alívio que dura algumas horas. Até começar tudo de novo na volta pra casa no final do dia.

"Quando alguém me desaponta

Paro tudo e dou um tempo
Dali a pouco eu me dou conta
Que ninguém é cem por cento
seja um príncipe ou um sapo
Seja um bicho ou uma pessoa
Até mesmo um pé-de-nabo
Tem alguma coisa boa "

(Pé de Nabo - Palavra Cantada - Sandra Peres / Luiz Tatit)

Por isso deixo aqui registrado. Pra me sentir completa só me falta um BRAÇO BIÔNICO (alguém lembra do "Homem de 6 Milhões de Dólares"? Eu adorava, rs!).

Vigilantes do Peso: Hoje foi dia de reunião, início da quarta semana. Foi muito bacana, estou pra lá de motivada. Pra vocês terem uma idéia teve até música do Ayrton Senna, rs. Saldo da semana: 1,3 kg. No total já se foram PARA SEMPRE exatos 4,0 kg.

Hoje é terça-feira. Dia que trato a GORDURA e a LOUCURA. Explico: Às 14h vou na Reunião dos Vigilantes do Peso. E às 15h vou na terapia. Pra mim é um dia TDB! Por isso coloquei a música "Pé-de-nabo" (recomendo! recomendo! e recomendo!!), que reflete bem o meu espírito.


Beijos motivados!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

FICHAS CAEM TODOS OS DIAS

Lendo o texto da Rosely Sayão A travessia final para a autonomia
tomei um susto. Ela termina dizendo:


A relação entre pais e filhos é a única relação amorosa que só dá certo se termina em separação. E não se trata de uma separação física, necessariamente, mas separação de vidas. Ao final do processo educativo, os pais deverão ter formado uma pessoa livre para ser e viver como pode, como quer e como acha que deve ser e viver.

Não foi um susto "ruim". Foi uma constatação de que é isso mesmo. Acho que foi mais uma "caída de ficha". Parênteses. Na minha trajetória de mãe fichas caem todo dia. A primeira foi lá, no primeiro US, ao ver e ouvir aquele coraçãozinho minúsculo pulsando na tela. Pensei: Caraca!! Tem um bebê na minha barriga!! Elas caíram uma a uma, depois do primeiro pontapé, na saída da maternidade, o primeiro sorriso, a entrada na escola, no primeiro tombo feio. Fim dos parênteses. Toda aquela história de que criamos os filhos pro mundo. Deve mesmo ser verdade. Mas, não sei, pelo menos eu ainda não tinha me ligado. Confesso que a independência do João Gabriel me assusta às vezes. Claro, ele está crescendo numa "obediência orgânica" como li uma vez. Não poderia desejar o contrário. Aliás, é meu dever lançar os meus filhos ao mundo. Mas dói um poquinho sim. Como doeu quando João saiu das fraldas, quando largou a chupeta, quando raciocina como gente grande. Bem, não deixa de ser uma perda. Lógico que eu não lamento a evolução dos meus filhos. Eu só sinto saudades. O texto da Rosely fala de adolescentes. Falta muito pra eu chegar lá com meus pimpolhos. Mas com certeza já é de agora que eu tenho obrigação de formar pessoas seguras e felizes.

Super Dica de site: Não bata, eduque

A dica é porque hoje foi lançada pelo presidente Lula a "CAMPANHA NACIONAL CONTRA A PALMADA E O CASTIGO FÍSICO CONTRA A CRIANÇA". O Dia Nacional Contra a Palmada vai ser dia de festa aqui: pais, mães, professores e 'educadores' vão ter que aposentar suas mãozinhas violentas, seus chinelos e suas varas! Valeu o dia!

DIVULGUE ESSA IDÉIA!


Pra finalizar...

O que é um pediatra É?


  • UM MÉDICO, apto a avaliar o estado físico e psíquico de uma criança
  • interlocutor da família a promover a profilaxia das doenças infecciosas e carenciais
  • diagnosticar e tratar os agravos de saúde das crianças
  • intervir nas neuroses e conflitos familiares
  • promover a saúde infanto-juvenil junto às autoridades, conselhos tutelares e demais instituções


O que é um pediatra NÃO É?

  • Um substituto da SuperNanny
  • Alguém sempre à disposição de qualquer espirro
  • Alguém com uma memória de elefante, pra saber detalhes da vida de CADA criança que atende...

Bom final de semana!!

Beijos!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

DEU BRANCO

Faz dias que venho aqui, começo a escrever e desisto no caminho. Nada de interessante brota na minha cabeça. Aliás, só o que tem brotado na minha cabeça é cabelo branco. Às vezes até tenho algum assunto que fico afim de dividir com vocês, mas dá uma preguiça...

Vigilantes do Peso: Bem, a dieta na última semana foi aos trancos e barrancos. Culpa do feriado e da minha mãe que fez bolo de chocolate pros meninos (mas que quem comeu fui eu), toalha felpuda e strogonof com batata frita. Ainda assim, deu pra eliminar mais 1,1 kg. No total se foram, espero que pra sempre, 2,7 kg. Faltam agora 18 kg pra atingir minha meta. De graminha em graminha eu chego lá. Verão 2008: me aguarde!

Dica da semana: Fechar a boca!

Pro negócio não ficar tão aguado mudei a foto. Coloquei uma do dia das mães na escolinha do João Gabriel. Eu com meu filhote.

Loguinho eu volto...

Beijos

terça-feira, 5 de junho de 2007

MÃES BLOGUEIRAS = VIZINHAS CIBERNÉTICAS

Algumas das melhores amizades da minha mãe surgiram quando eu e meus irmãos éramos crianças. Ela não trabalhava e nós passávamos as tardes no pátio do edifício, brincando com outras crianças, enquanto as mães conversavam. Já faz muitos e muitos anos que saímos de lá, assim como as outras famílias. Mesmo assim, muitas destas amizades se mantém até hoje e são muito intensas, vividas plenamente. Coisa boa, não? Desde que casei, a 8 anos, moro num prédio com 80 apartamentos no meu bloco. São 4 por andar. Meu vizinho de frente até hoje não sei o nome. Apenas algumas fofocas que a minha diarista trouxe da diarista dele. Conheci sim algumas pessoas bacanas. Muitas com a mesma idade que eu, com filhos pequenos, que nasceram lá. Mas não fiz nenhuma amizade real. Conto nos dedos as vezes que desci com os meninos. Sinto inveja da minha mãe... Será que sou eu que não consigo criar laços? Ou será que a correria dos tempos de hoje não nos permite esse prazer? Talvez as duas coisas... Mas é verdade que no meu condomínio, mesmo tendo uma quantidade razoável de bebês e crianças, ainda assim é raro ver a gurizada brincando junto "lá em baixo". É, essa vida de louco nos tranca dentro de casa, dentro dos carros, dentro dos escritórios. Acho que por isso a maternidade tão difundida no mundo blogueiro é uma compensação pela falta que sentimos (pelo menos eu sinto) em fazer amizades com outras mães, trocar figurinhas, receitas, chorar as brigas com o marido. Os blogs são como playgrounds cibernéticos. É a maneira que encontramos de dividir as mesmas experiências que nossas mães de 20, 30 anos atrás, dando uma fugidinha (ou fugidona, dependendo da chefia, rs) do trabalho pra "blogar". Daqui a poucos meses vou sair do meu prédio sem deixar ninguém especial por lá. Que pena... Mas vou pra minha casa. Desejo que nesse ponto a história seja diferente. Espero ter minha casa invadida por alguma vizinha doida pedindo uma xícara de açúcar.

Vigilantes do Peso: Comecei a segunda semana mais leve. Mais precisamente com 1,6 kg a menos. Ebaaaa! Teve apenas um deslize básico. João Gabriel quis uma daquelas batatas fritas de tubinho, que ele chama de "batatitas" por causa do filme "Os Sem Floresta". Ele comeu meia dúzia. E eu também. Comi meia dúzia de cada vez até acabar com todas elas.

Como isso não pode acontecer, lá vão as dicas da semana:
- p/ o lanche, sucrilhos sabor chocolate (do tigre) 25 g = 98 kcal.
- site: Pense Magro

A foto que enfeita esse cantinho é do meu primogênito, com 9 meses. Recordar é viver...