quarta-feira, 30 de maio de 2007

ASTRAL NOVO E VELHOS PROBLEMAS

Como é de interesse global, venho informar a todas que meu baixo astral foi embora, zarpou, foi pentelhar em outra freguesia. Estou bem melhor, bem mais animadinha. Tudo tá beleza tirando uma dorzinha de cabeça bem básica que veio junto com as regras (hahaha, sempre quis falar isso, desde que ouvi a minha vó dizendo) e também um velho problema pra resolver. Na verdade, é um problemão. Ou podem ser várias problemas pequenininhos ligados um no outro: Preciso dar um UP no casório de 8 anos que tá descendo a ladeira. Ou a lomba como dizem os gaúchos. Coisas do maridão que não funcionam bem, com o relógio biológico dele. Nem adianta se ajeitar na cadeira e esfregar as mãos pra ler revelações sexuais bombásticas que não é isso. E nem precisamos de viagra (ainda). Tô falando do sono. Ou melhor. Do horário que ele deita e acorda. Coisa complicada, viu? Que anda me deixando fula da vida. Estou me sentindo como se fosse casada com vigilante noturno. Ou stripper que passa a noite na boate (é ruim, hein... Fabiano stripper??? hahahaha!!!). Estes profissionais da noite dormem o dia todo. Pois então. É isso que acontece. Principalmente nos finais de semana me sinto tão sozinha quanto o último biscoito amolecido do pacote. Não é de hoje que passo por isso e, pior, o Fabiano não reconhece nem entende porquê me sinto largada.

Vigilantes do Peso: Agora é oficial. Estou de dieta (demorô). Mas, por favor, guardem os aplausos, por enquanto... Quem quiser saber mais sobre o programa, clique aqui. Ainda acho que deveria ter nascido urso, pra me entupir de comer e dormir o inverno todo.
Já que não sou, recomendo: Iogurte light batavo sabor torta de limão - 48 kcal

Pimpolhos: Nestes dias deixaram de ser meninos saltitantes e se transformaram em filhotes de esquimós. Nem os reconheço. Quando fui pegar ontem o João Gabriel na escola quase trouxe outra criança. Erro corrigido pelo próprio Biel que veio atrás de mim: "Mãe, mãe! Eu tô aqui!!"

Pra terminar...

O estado de plena felicidade existe, de fato, ou temos apenas momentos de felicidade?

Rosely Sayão: Nem os filósofos conseguem saber direito o que é essa tal de felicidade. No mundo atual, fazemos muita confusão entre felicidade e satisfação, felicidade e alegria. Creio que viver suponha algumas dores, portanto a felicidade plena pode durar um tempo, mas não muito. Amadurecer dói, aprender também é um tanto quanto dolorido. Há um livro, "A Felicidade, Desesperadamente", do filósofo francês André Comte-Sponville, que fala da ansiedade do tempo atual que a gente tem de ser feliz a qualquer custo.

Beijos

sexta-feira, 25 de maio de 2007

DESEJOS...

Desejei nascer.
Desejei o colo da minha mãe.
Desejei não tomar aquelas benditas 10 injeções na barriga contra raiva.
Desejei a boneca mais cara da loja.
Desejei ver neve caindo.
Desejei não pecar depois de ter me confessado uns dias antes da primeira comunhão.
Desejei na quinta série ir ao show do Menudo.
Desejei conhecer a Epcot Center (existe ainda??) como muitos colegas da escola.
Desejei ter um namorado com um escort conversível (ai, que brega, rs).
Desejei que a guerra fria acabasse.
Desejei ver papai Noel saindo pela chaminé.
Desejei ter uma assinatura da Capricho.
Desejei uma mochila da Company.
Desejei que meu pé não fosse tão grande.
E também desejei ir ao Rock in Rio.
Desejei que o Plano Cruzado desse certo.
Desejei que não fosse meu gato atropelado lá na esquina.
Desejei meu marido quando ele ainda usava aparelhos nos dentes.
Desejei me casar, ter filhos, amamentá-los.
Desejei com toda força que aquela febre fosse embora.

Desejo que a minha mãe seja eterna.
Desejo ouvir denovo aquela música que nunca mais tocou.
Desejo que no céu tenha lugar pros animais também.
Desejo que meus filhos sempre tenham saúde.
Desejo que uma mãe nunca perca um filho.
Desejo que aqueles que já foram pro outro plano continuem olhando por nós.
Desejo que as promessas de fim de ano não sejam vazias.
Desejo que um pacote de bolacha tenho no máximo 15 calorias.
Desejo uma cama quentinha, um lençol fofinho, dormir mais um pouquinho.
Desejo não ter celulite.
Desejo que aqueles FDP da operação Navalha se ferrem de uma vez!
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A gente passa a vida desejando. Alguns desejos se realizam, outras não. Alguns se perdem, deixam de ter importância. Outros nunca se realizarão, mas ainda assim desejamos com toda a força.

Bom final de semana!!

Beijos


Ah! Viu, tbm desejo uma mensagem sua nos comentários, ok??

quinta-feira, 24 de maio de 2007

DESÂNIMO... PREGUIÇA...

Poxa, gente. Ando tão desanimada. Parece que a preguiça entrou em mim e tomou conta de todos os cantinhos. Tô desestimulada, desmotivada, chorosa, tenho preguiça de fazer tudo, tudo mesmo. A não ser dormir. Ainda assim, tenho preguiça de por o pijama. Não sei o que está acontecendo. Mas estou me sentindo triste. Meus filhos estão mau cuidados. Ontem fiquei em casa com o Pedro e nós dois passamos o dia de pijama. Não me sinto a vontade de falar com ninguém sobre isso. Aliás, comecei esse post umas mil vezes. Fiquei pensando se deveria mesmo dar essa chorada aqui. Eu estou fazendo terapia desde fevereiro. Ainda não me sinto muito bem no consultório, tenho vergonha de falar certas coisas (alguém pode me dar umas dicas?). Não sei nem se está ajudando, mas tá levando uma grana que faz falta e isso não sai da minha cabeça (saco!). O pior é que sinto que estou me boicotando. Tipo fazendo coisas que me fazem mal, que nem tenho vontade, mas faço como se fosse pra me castigar (por que??). Isso só me derruba mais um pouquinho ainda. Heeeeelp!!!

Gente, desculpa. Não é o que eu queria falar, mas é que tô mesmo assim. Talvez seja fase e logo eu esteja me curtindo de novo, me animando na dieta, cuidando direitinho das crianças. Talvez seja algo mais profundo e eu precise mesmo me tratar (tô tentando, né?). De qualquer forma, foi bom dar esse desabafinho.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

SEXTA-FEIRA...

...chove em Curitiba.
Tava com milhões de idéias pra postar, mas acho que essa água toda tá levando embora minha inspiração.

Hoje vou numa reunião do Vigilantes do Peso.
Motivo 1: Não tô agüentando usar calça apertada.
Motivo 2: Tomo banho no escuro pra não me ver pelada no espelho do banheiro (melhor que tomar banho de roupa). O duro é passar condicionador achando que é xampu.
Motivo 3: Encontrei um amigo de faculdade que perguntou pra quando é o bebê.
Como não tô afim de pular na frente de um ônibus vou apostar mais nessa mesmo estando com uma preguiça danada. Boa sorte pra mim.

A foto que enfeita o blog foi presentinho fofo da Alê (Unidas). Aliás, tô pensando em seqüestrar alguém craque em scrap pra servir de escrava pra mim. Amo essas coisinhas, mas cadê que tenho disposição e tempo pra aprender? Parece que todo mundo sabe fazer e eu aqui, boiando... Tô escolhendo a vítima. Prometo dar alimento e abrigo.

Quando a inspiração chegar, eu volto!

Bom final de semana pra todos!

Beijos.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

MOMENTO BABAÇÃO

Oi, gente! Quem me conhece sabe que não sou muito dada a ficar lambendo a cria em público. Ou em blogs. Mas tenho lá os meus momentos. Hoje é um dia que 'alguém passa o babador que tá pingando, rs.' É que fui pegar as 'atividades' do bimestre do João Gabriel, conversar com as professoras, etc. Tirando algumas "aprontações" (como ele mesmo diz) que não vem ao caso (olha eu empurrando a sujeira pra debaixo do tapete, rs), fiquei besta com os desenhos dele. Vou ter que colocar aqui pra vocês verem. Me digam se não é uma graça! Ele tem 3 aninhos e meio.




Já que a babação começou com o mais velho, tem que terminar no caçula. Então vamos lá: Pedrito fez 7 meses, tá lindo demais, gostoso além da conta, sapeca, risonho, não pegou mamadeira, mas toma tudo no canudinho (não é fofo?), dá tchau pros amiguinhos da escola quando vai embora, bate palminha e dança quando escuta música, cai de boca num prato de sopa fazendo a alegria da mamãe. Chega que já tô desidratando.

Esvaziamos os cofrinhos e compramos a casa. A gente se auto-engana que as próximas despesas serão só por conta dos móveis. Que nada!! Tá louco! São zilhares de coisinhas pra comprar, instalar, montar, prender, pendurar só pra poder pensar em se mudar. Dinheiro na mão é vendaval....


Beijos!

terça-feira, 8 de maio de 2007

BONECAS

Na minha infância brinquei muito de boneca. Eu adorava. Lembro das minhas favoritas com carinho. Minha irmã tinha um boneco que se chamava "Atchim". Era um bebezinho fofo, todo encolhidinho, como um recém nascido, de cabelos loirinhos arrepiados. Quando a gente apertava a barriguinha, ele espirrava. Era só isso que ele fazia. Mesmo assim rendeu muito tempo de diversão. Hoje as bonecas falam 800 frases. Na minha época, as meninas tinham apenas uma ou duas Barbies. Sonho de consumo era ter uma loira e uma morena. Roupinhas eram as avós que faziam. De vez em quando, ganhávamos uma mais incrementada comprada na feirinha hippie. Passávamos uma tarde inteira montando uma casinha usando a imaginação. Algumas amigas tinham alguns móveis, quase sempre bem rústicos, de madeira. Mas no geral criávamos os pequenos móveis utilizando qualquer coisa que encontrávamos pela casa. A tampinha do amaciante virava cestinho de lixo. Caixinha de chicletes Adams era sucrilhos. Um estojo de lápis podia ser cama. E assim por diante. Hoje tudo está muito diferente. Não basta ter uma barbie. Tem que ter muitas. Uma de cada profissão. Uma de cada cor. Uma pra cada situação. Tem que ter milhares de acessórios. Tem carro, casa, castelo, salão de beleza, piscina. Sem contar aquelas inspiradas nas princesas. Tem a Barbie bailarina (são 12!!!!!). Tudo muito lindo. Tudo meio inútil. Não parecem mais brinquedos. Parecem sim enfeites. Pra se olhar e pronto. A sensação que eu tenho é que as meninas nunca estão satisfeitas. Querem sempre mais. Pra guardar. Pra ter. A imaginação deu lugar ao desejo de consumir. Será que eu estou errada? Talvez exagerando um pouco, mas brincar de casinha não parece ser mais tão divertido. E a Polly? O que é essa bonequinha minúscula com um armário infestado de pequenas pecinhas de silicone imitando roupas? Ela também é adepta de um sem fim de acessórios, equipamentos ou sei lá o que. Um treco que você prende a boneca de uma lado e ela sai pelo outro vestindo outro traje. Nossa... Que engraçado...

Sou mãe de dois meninos e os brinquedos aqui de casa são outros. Também existem, lógico, as marcas comerciais, como hot wheels, max steel, etc. Mas nem de longe tem o mesmo apelo. Só posso tirar a conclusão que as mulheres são bombardeadas com ideiais de beleza e comportamento desde muito cedo. Não é a toa que meninas de 6 anos já frequentam o salão de beleza, pra fazer as unhas e esticar os cabelos. Vejo as crianças da escola dos meus filhos. Os guris sempre moleques, brincado de pirata, de pega-pega, mãe cola, esconde-esconde (sim! essas brincadeiras ainda existem!!). Já as meninas são peruas em miniaturas, com as unhas pintadas de rosa e cada uma carregando uma necessaire de maquiagem, com as mãos pra cima pra que as pulseiras não escorreguem. Na escola do meu filho foi imposto que as crianças devem ir de tênis. Meio óbvio que seja assim, não? Mas foi necessário intervir, porque ou as meninas não queriam participar das brincadeiras de correr por causa das sandálias ou quando participavam, acabavam se machucando por estar com calçado inadequado.

Que grande besteira! O mundo adulto pode ser muito cruel com as mulheres, impondo um estilo de vida que nem sempre é possível seguir. As crianças que deveriam ter como único objetivo de vida brincar e ser feliz, estão se preocupando com futilidades que até então eram preocupação exclusiva de nós, adultos.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

LAR DOCE LAR

Quando casei, a quase 8 anos atrás, me sentia a pessoa mais feliz do mundo em ter junto com o Fabiano o nosso apartamento. Pequeno, com uma vista mais do que linda da cidade (foto abaixo do entardecer...), arrumadinho do jeito que eu queria, com tudo novinho e no lugar. Mas tenho que confessar que os primeiros meses foram difíceis. Além de ter que me adaptar a um homem dormindo todas as noites do meu lado, tbm tive que me acostumar aos sons bem familiares de quem mora em prédio, mas que eu até então não conhecia. Vizinho fazendo xixi e puxando a descarga de madrugada?? Passos de salto alto no apê de cima?? Gente namorando com direito a "inhequi, inhequi" da cama?? No início do casório, lua de mel, aquela coisa, mas eu adorava quando o Fabiano viajava pra eu fugir de casa e ir dormir na minha antiga cama, na casa da mamãe. Outra coisa que sentia falta era do barulhinho da chuva caindo. Quer coisa melhor pra embalar o sono? Só com tempestade eu ouço algum barulho do 17º andar. Mas como a gente se acostuma a tudo, com o tempo esses sons passaram a se tornar menos perceptíveis e a minha vida pode seguir (pelo menos até o maridão começar a roncar, mas aí já é outra história). Como a gente nunca está satisfeita com as coisas (ainda bem, né?) quis ter um filho. Chegou João Gabriel. O apartamento arrumadinho, organizado, começou a se tranformar... Pufes, mesinhas, enfeites passaram a dar lugar a carrinho, cercado, brinquedos. Aliás, alguns deles têm as formas mais esdrúxulas possíveis que não cabem em lugar nenhum, apenas dentro da lareira. Como disse antes, a gente acaba se adaptando. Logo que João Gabriel fez dois aninhos fizemos algumas reformas básicas por aqui. Colocamos piso novo, pintamos, reformamos algumas coisinhas. Quando ia trocar as cortinas eis que me pego grávida de novo. Segundo filho não estava nos planos. Pedro chegou e os primeiros meses dele marcaram um período que foi sufocante e difícil pra mim. Nós 3 ficávamos o dia todo em casa (João estava de férias). Ainda grávida, começamos a olhar algumas casas meio que sem intenção ainda de comprar. Mas depois dessa fase difícil com dois moleques num espaço tão pequeno tomamos a decisão de ir em frente na idéia de morar numa casa. Vendemos nosso apartamento em fevereiro. A sorte é que a pessoa que comprou só vai se mudar no final do ano que vem e podemos ficar no apê até lá, se for preciso, pagando aluguel. Perdi as contas de quantas casas fui olhar. Cheguei a desanimar em alguns momentos. Mas como a minha irmã diz, a gente sabe que aquele será nosso lar quando batemos o olho. E foi o que aconteceu. Terça passada encontrei uma que amei. Quarta fizemos a proposta. E finalmente na quinta assinamos o contrato. Tudo muito rápido. Agora é uma nova fase. Começar de novo. Sonhar de novo. Essa será outra novela. Viver é isso.



PS: Meninas (e meninos), eu não estou conseguindo acessar o blog de vocês através da janela de comentários. Até eu descobrir como faço isso, por favor, escrevam no corpo da mensagem o endereço do blog de vocês. Desculpem a ignorância...